Banda retorna com formação original para 25 shows comemorativos pelo Brasil
O Tihuana, um dos ícones do rock nacional dos anos 2000, está de volta para uma turnê especial que celebra os 25 anos da banda. Após oito anos de hiato, os integrantes se reúnem na formação original para uma despedida dos palcos com 25 shows espalhados pelo Brasil. A estreia acontece no dia 5 de abril, no Vibra São Paulo. Antes disso, o grupo participa do The Noite com Danilo Gentili, nesta quarta-feira (19), para compartilhar os detalhes desse reencontro histórico.
A reunião da banda – formada por Léo, Román, PG, Egypcio e Baía – promete emocionar os fãs, mas sem promessas de um retorno definitivo. “Ficamos oito anos parados. Essa nossa reunião não quer dizer que vamos voltar. A ideia é fazermos 25 shows para comemorarmos os 25 anos de carreira. Será uma turnê para nos despedirmos da galera que curte, que curtiu e também para quem quer conhecer. O Tihuana vai rodar as capitais”, explicam os músicos.
Como surgiu a ideia da turnê?
O reencontro do Tihuana exigiu alguns ajustes na vida pessoal dos integrantes, especialmente de Léo, que precisou reorganizar sua rotina para viabilizar a turnê. Desde 2019, ele mora na Itália e passa a maior parte do tempo fora do Brasil, mas a proposta da reunião fez com que ele voltasse ao país. “Desde 2019, fico 10 meses por ano na Itália. Recentemente, meu pai casou, fiquei no Brasil mais um pouco e aí surgiu a história da reunião. Estive lá por um mês, mas agora vou ficar aqui em tempo integral”, conta.
O repertório da turnê terá como base o álbum Ilegal, lançado em 2000, e contará com os principais sucessos da banda, incluindo Que Ves?, Tropa de Elite, Pula!, Praia Nudista e Eu Vi Gnomos. Essa última canção, curiosamente, se tornou um hit sem que a banda esperasse.
“Essa música não teve um trabalho da gravadora, clipe nem nada. A gente nem a tocava nos shows. Na nossa cabeça, seria apenas uma vinheta no disco. Um dia, estávamos em Itajubá-MG e, na passagem de som, o contratante perguntou se iríamos tocar Gnomos. A gente disse: ‘Não’. Ele respondeu que nos contratou por causa dela, que a música era um sucesso, mas só a havíamos tocado para gravar. Na passagem de som, ensaiamos rapidamente, tocamos no show e, a partir daí, ela nunca mais saiu do nosso setlist”, contam.
A trajetória do Tihuana
A história da banda começou no final dos anos 1990, mas foi a entrada de Egypcio como vocalista que consolidou a formação definitiva. “Quando os conheci, formamos o Tihuana. Eles já estavam há algum tempo procurando um vocalista para a banda. Tinham acabado de terminar o Ostheobaldo. O antigo vocalista estava aqui em São Paulo com eles, mas acabou indo para o Rio de Janeiro porque estava em outra pegada, e aí acabamos fundando o Tihuana”, relembra Egypcio.
A sonoridade da banda, que mistura rock, reggae e influências latinas, rapidamente conquistou espaço no cenário musical brasileiro. O sucesso veio com faixas como Que Ves? e Tropa de Elite, esta última eternizada como trilha sonora do filme homônimo estrelado por Wagner Moura.
Apesar de estarem afastados dos palcos há anos, os músicos guardam lembranças das turnês passadas, incluindo desafios e momentos inusitados. “Foram muitos perrengues na estrada. Desde shows cancelados até problemas com equipamentos. Mas tudo isso fez parte da nossa história”, compartilham.
A turnê comemorativa será uma oportunidade única para os fãs relembrarem o legado da banda e reviverem a energia dos shows ao vivo. Além da estreia em São Paulo, outras datas serão divulgadas em breve.
Com essa despedida especial, o Tihuana se despede dos palcos, mas deixa um legado marcante no rock nacional.